terça-feira, 24 de maio de 2011

Terras distantes



Não gosto de me aventurar
Em terras onde já passei
Se pisei e não gostei da textura,
Ou do cheiro,
Não quero mais.

Se gostei da aterrissagem,
Me apaixono. E aí fico.
É bom procurar coisas, descobrir mistérios.
A dor é na partida, que sempre chega.
Então não há volta.

Afinal, pra que voltar para um lugar que não te pertence?
A um pedacinho que já foi seu
E que hoje nem mesmo reconhece seu toque?
Seus pés e suas mãos, o cheiro do seu cabelo no ar
Que tocam este lugar, mas este lugar não se toca.

Também não perceberá que você, ao voltar
Diz que quer ficar.
Talvez seja apenas mais um tempo de se aventurar.
Por isso não volto, magoa a mim e marca o lugar ao qual pertenci.
Melhor guardar apenas as boas memórias da primeira visita ali.

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